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Lenda do heavy metal, vocalista do Black Sabbath enfrentava sérios problemas de saúde nos últimos anos e realizou seu último show há menos de três semanas em Birmingham
O mundo do rock está de luto. Morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos, o cantor britânico Ozzy Osbourne, um dos maiores ícones da história do heavy metal. A família confirmou a morte em um comunicado oficial, afirmando que o artista faleceu pela manhã, cercado de amor e na presença de seus familiares. A causa da morte não foi divulgada.
Conhecido mundialmente como o “Príncipe das Trevas”, Ozzy foi o vocalista original da banda Black Sabbath, onde eternizou clássicos como Paranoid, Iron Man e War Pigs. Sua trajetória solo também marcou gerações, com hits como Crazy Train e No More Tears.

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“É com mais tristeza do que palavras podem expressar que informamos que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu hoje de manhã. Ele estava com sua família, cercado de amor. Pedimos respeito pela privacidade da nossa família neste momento”, diz a nota oficial assinada por sua esposa, Sharon Osbourne.
Último show: um adeus em casa
A despedida dos palcos aconteceu no início deste mês, em 5 de julho, no Villa Park, estádio do Aston Villa, em Birmingham — cidade natal de Ozzy. Mesmo com dificuldades de locomoção devido ao Parkinson e a uma lesão grave na coluna, ele emocionou o público ao cantar ao lado dos membros originais do Black Sabbath, em uma apresentação que atraiu cerca de 40 mil pessoas.
Na ocasião, Ozzy cantou sentado, mas manteve a mesma entrega emocional que o consagrou ao longo de mais de cinco décadas. Foi seu último “adeus” ao palco.
Saúde debilitada e vida íntima exposta
Ozzy foi diagnosticado com Parkinson em 2019, o que agravou significativamente sua saúde nos últimos anos. Também passou por cirurgias na coluna após uma queda doméstica. Apesar das dificuldades, manteve o bom humor e a presença carismática, características que também o tornaram uma estrela da televisão no início dos anos 2000, com o reality show “The Osbournes”, exibido pela MTV americana.
Em diversas entrevistas, o cantor relatava o peso das turnês e o desejo de passar mais tempo com a família. “Perdi meus filhos crescendo enquanto viajava. Só quero ficar mais em casa agora”, disse em 2018 à imprensa.
Tributos de fãs e artistas
A notícia da morte gerou uma comoção imediata nas redes sociais e entre artistas do mundo todo. O ator Jason Momoapublicou uma foto ao lado de Ozzy com a legenda: “All my aloha… RIP, brother.” Já a banda Pantera escreveu: “Não estaríamos aqui se não fosse por você.”
O vocalista David Coverdale, do Whitesnake, prestou homenagem: “Meus sinceros sentimentos a Sharon, aos filhos, amigos e milhões de fãs pelo mundo. Perdemos uma lenda.”
Um legado imortal
Nascido em 1948 em Birmingham, Inglaterra, Ozzy cresceu em uma família operária e encontrou na música um caminho para sair da rotina cinzenta da cidade industrial. Com o Black Sabbath, redefiniu o rock nos anos 1970, dando origem ao heavy metal como gênero.
Com sua voz única, performances irreverentes e visual marcante, Ozzy transformou a cultura do rock e permaneceu relevante por mais de cinco décadas. Ganhador de diversos prêmios, incluindo Grammys e uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, ele foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 2006 como membro do Sabbath.
Família e legado pessoal
Ozzy Osbourne deixa sua esposa, Sharon, parceira de décadas e empresária, além de seis filhos: Aimee, Kelly, Jack, Jessica, Louis e Elliot. Seu legado vai além da música — está gravado na história da cultura pop e no coração de milhões de fãs ao redor do mundo.
Funeral e homenagens
Até o momento, não há informações sobre o funeral. A família pede privacidade e informou que divulgará os detalhes das homenagens em momento oportuno.